Quando vejo Chico Buarque dizendo:
“Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração”
Lembro que sempre ouço por ai clichês que falam que a mudança é a lei da vida, que nada é pra sempre e tudo se transforma.
Não sou fã de mudanças. Tenho o mesmo corte de cabelo de quando eu tinha 10 anos. Preservo velhas amizades, ainda choro assistindo os mesmos filmes e sou completamente fã de rotinas.
Se o mundo fosse composto só por mim, eu faria as mesmas coisas todos os dias e jamais me cansaria delas.
Mas a realidade cai a tona. Eu não vivo sozinha nesse mundo, e por mais que eu queira ser independente, pra o meu mundo funcionar eu dependo de outras pessoas.
Pessoas diferentes de mim, algumas que me fazem rir outras que me fazem chorar, umas que eu amo, outras que não suporto, e pior do que isso é ter que admitir que a convivência com essas pessoas que vão moldar meu carater, minha personalidade.
Não to falando propriamente de amadurecer, to falando de voltar atrás, de mudar de ideia, de admitir, de tentar e quebrar a cara, de começar do zero e de recomeçar.
E quando eu lembro dos momentos em que eu seguia tranquilamente minha amada rotina e veio alguem e mudou tudo isso, deu um sacode na minha vida eu vejo o quando é maravilhosa a oportunidade da mudança. Porque mudar não é deixar de ser quem você é, é abrir-se pra ser alguem melhor...é se deixar ter a chance de conhecer alguem que pode mudar toda a tua vida, e querer ter asas. Mudar é necessário, é bom e é possivel.
